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Como os quarentões têm se adaptado a esse novo mundo disruptivo?

Postado em 11/10/2018

O mundo mudou. Muda desde que eu nasci, mas agora está mais rápido, muito mais rápido! E como nós, que estávamos acostumados a mudanças mais lentas, temos nos adaptado a essas viradas de cabeça pra baixo que nossas vidas dão a cada mudança na forma de ver TV, reservar um hotel, pegar um táxi e fazer literalmente qualquer coisa?

Quando eu era adolescente e na entrada da vida adulta as coisas mudavam sim, mas havia tempo para se adaptar a essas mudanças e dominá-las. Ou será que eu conseguia isso por ser mais jovem e estar com a cabeça mais aberta? Como não tem como voltar no tempo, não tenho como responder com certeza, mas acredito que hoje em dia esse conceito de disrupção faz tudo acontecer muito mais rápido. Quando você começa a gostar dessa disrupção, lá vem a disrupção da disrupção e começa tudo de novo!

Temos que combinar que nós, acima dos 40, temos dificuldade em entender muitas das novidades. Por que toda hora tem que surgir uma rede social nova (tá certo que o Facebook tá durando...), exatamente quando eu tinha começado a “quase” dominar a rede social anterior? Por que tenho agora quatro controles na minha TV ao invés de apenas um? E como mudar do YouTube na TV para a Netflix sem o filho de dez anos vir ajudar, alguém pode me explicar? Ahhhhh, sem contar que são várias senhas de mil sites, e-mails, notebook e tal – cabecinha de 40 não lembra tanta coisa. Falando em senhas, e as do banco? Para acessar minha conta e fazer alguma operação, preciso de quatro senhas e, se esqueço de alguma, não posso fazer nada remotamente. Haja memória, né?

Sim, tem muita coisa muito “massa” (traduzindo para as novas gerações: essa é uma gíria de pessoas acima dos 40): muito mais opções de canais na TV, é mais fácil tirar fotos no celular e chamar o Uber é o máximo, a gente pode acompanhar o motorista chegando e ainda dizer se gostou ou não dele. Para reservar um hotel tem os comentários das pessoas e posso alugar uma casa em qualquer lugar no mundo. Não é demais? E a carona cooperativa? Muito mais barata e ainda possibilita conhecer milhares de pessoas novas tão diferentes de você, pessoas que você nunca encontraria em sua roda de amigos do dia a dia. Recentemente também descobri que dá pra agendar on-line pra fazer identidade nova – justo eu que estava há meses (talvez mais de um ano) não indo lá fazer a dita cuja porque sabia que iria ter muita fila. Pensa em uma quarentona feliz quando descobriu isso!

Enfim, diante de tantas divagações em meus parágrafos anteriores, e para responder à pergunta lá de cima do título deste texto, penso que nós temos sim dificuldades com muitas das novas tecnologias (e com o avançar da idade isso tende a piorar), mas não escolheríamos nunca voltar ao mundo de 30 anos atrás. Tudo agora é tão prático, rápido e de melhor qualidade que naquele tempo! Então vou continuar chamando sim meu filho pra me ajudar com a TV, vou continuar sim chamando o pessoal da agência pra me ensinar a mexer no Instagram, vou continuar sim a procurar tutoriais de tudo na internet, pois isso não será perda de tempo – será um ganho de qualidade de vida logo depois que eu começar a entender e fazer as coisas sozinha. Então, que venham as novas tecnologias e os modelos disruptivos, que nós quarentões estamos prontos. Como diria Erasmo Carlos, “pode vir quente que eu estou fervendo!”.


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